sábado, 29 de junho de 2013

Duas refeições: pesquisa confirma a Revelação

Quem tem problemas com a balança com certeza já ouviu falar que é preciso comer de três em três horas para manter o metabolismo acelerado, e, assim, contribuir para o emagrecimento. No entanto, segundo um estudo apresentado no último domingo (23) na reunião anual da ADA (Associação Americana de Diabetes), em Chicago (EUA), comer duas refeições maiores durante o dia é mais eficaz na perda de peso do que fracionar as refeições. A pesquisa, realizada em Praga, na República Checa, foi feita com 54 pacientes com diabetes tipo 2. Eles foram divididos em dois grupos: em um, as pessoas comiam apenas duas refeições diárias maiores, enquanto no outro, os participantes faziam seis refeições com porções menores.

Durante 12 semanas, os pacientes seguiram uma dieta com a mesma quantidade calórica e de macronutrientes para depois trocar o regime de alimentação, ou seja, quem comeu apenas duas refeições passou a comer seis vezes ao dia. “A dieta prescrita foi rica em fibras e com 500 calorias a menos, já visando ao emagrecimento”, explica Hana Kahleova, uma das cientistas que participou do estudo.

Além de um aumento na perda de peso durante a fase em que só comiam duas vezes ao dia, os pacientes também apresentaram aumento na sensibilidade à insulina e melhora na função das células beta do pâncreas, responsáveis pela produção de insulina.

Para seguir a dieta corretamente, os participantes receberam tutoriais para aprender a compor o cardápio e em quais horários se alimentar, além de reuniões em grupo e individuais com nutricionistas.

“O resultado do estudo mostra que os pacientes com diabetes tipo 2 devem seguir a máxima de tomar o café da manhã como um rei, almoçar como um príncipe e jantar como um mendigo”, finaliza Kahleova.

De acordo com o endocrinologista da Sociedade Brasileira de Diabetes Antonio Carlos Lerário, é preciso levar em consideração que o estudo foi realizado com poucos pacientes e com uma dieta hipocalórica, que não costuma ser usual para os pacientes diabéticos. “Normalmente a dieta recomendada varia entre 1.000 e 1.500 calorias. Um cardápio  com poucas calorias é mais eficiente para diabéticos ou não, porém mais difícil de ser seguido e requer disciplina e força de vontade do paciente, além de acompanhamento médico”, explica.

Lerário também acredita que é necessário repetir o estudo em outros países para verificar se os resultados encontrados são semelhantes. “Às vezes, quando o estudo é repetido com outra população, os resultados encontrados são diferentes”, justifica.

Ainda que o estudo contrarie a recomendação da maioria dos nutricionistas, Lerário pondera que o resultado da pesquisa deve ser respeitado: “Os pesquisadores usaram parâmetros objetivos, como peso e os níveis de insulina, não foi nada subjetivo. Além disso, o ADA é rigoroso na seleção dos estudos que são apresentados no congresso”, afirma.


Nota: De quando em quando, a ciência confirma detalhes importantes revelados há muito tempo pelo Criador do corpo humano, deixando claro que não vale a pena seguir modismos nutricionais, médicos e comportamentais em detrimento daquilo que Deus mostrou por antecipação. Note o que escreveu Ellen White há mais de um século (detalhe: ela nunca estudou nutrição): “Em muitos casos, a fraqueza que leva a desejar alimento é sentida porque os órgãos digestivos foram muito sobrecarregados durante o dia. Depois de digerir uma refeição, os órgãos que se empenharam nesse trabalho precisam de repouso. Pelo menos cinco ou seis horas devem entremear as refeições; e a maior parte das pessoas que experimentarem esse plano verificará que duas refeições por dia são preferíveis a três” (A Ciência do Bom Viver, p. 304; grifo meu).

Quando me perguntam o que acho desse ou daquele procedimento (nutricional ou médico), como a acupuntura ou a homeopatia, por exemplo, respondo que prefiro ficar com as claras orientações que o Criador nos deixou por meio da Revelação. Ele nos ensinou oito remédios naturais, cuja sábia utilização confere saúde, e são eles: água, ar puro, luz solar, exercício físico, repouso, alimentação natural (de preferência vegetariana), abstinência do que é nocivo e confiança em Deus. Isso sempre funciona e se trata de fatores cujo funcionamento respeita as leis da fisiologia, portanto, são científicos, diferentemente de certas “terapias” que até podem funcionar, mas que geralmente são envolvidas numa aura de mistério.

Na matéria acima, a cientista Hana Kahleova diz que “o resultado do estudo mostra que os pacientes com diabetes tipo 2 devem seguir a máxima de tomar o café da manhã como um rei, almoçar como um príncipe e jantar como um mendigo”. Na verdade, é exatamente isso o que Ellen White ensina em seus livros, com a diferença de que ela diz que todas as pessoas (não apenas as diabéticas) deveriam adotar essa prática.

White ensina que o jantar deve ser leve e feito horas antes de dormir: “Na maioria dos casos duas refeições ao dia são preferíveis a três. O jantar, quando muito cedo, interfere com a digestão da refeição anterior. Sendo mais tarde, não é digerido antes da hora de deitar. Assim o estômago deixa de conseguir o devido repouso. O sono é perturbado, cansam-se o cérebro e os nervos, é prejudicado o apetite para a refeição matutina, o organismo todo não se restaura nem estará preparado para os deveres do dia” (Educação, p. 205).


De minha parte, prefiro continuar seguindo as recomendações do Criador do meu corpo. Elas são mais científicas - e são sempre seguras.[MB]

terça-feira, 11 de junho de 2013

Vegetarianos vivem mais do que quem come carne

Pesquisadores da Califórnia (EUA) analisaram as dietas de 73 mil frequentadores da Igreja Adventista do Sétimo Dia para o chamado Estudo da Saúde Adventista, e descobriram que aqueles que não consomem carne têm um risco de morte 12% menor em comparação aos outros. “Certas dietas vegetarianas estão associadas a reduções em todas as causas da [morte], bem como algumas causas específicas, incluindo doença cardíaca, doença renal, mortes relacionadas ao sistema endócrino e morte relacionada a outras doenças, como diabetes”, disse o pesquisador Dr. Michael Orlich, especialista em medicina preventiva na Universidade de Loma Linda, em Loma Linda, Califórnia. A grande questão que fica é por quê. Infelizmente, o estudo não foi desenhado para responder isso. Orlich observou: “Reduções de carne na dieta vegetariana podem ser parte da razão, mas também pode ser devido a maior quantidade de alimentos de origem vegetal.” Por fim, também é possível que os vegetarianos levem vidas mais saudáveis no geral.

Para o estudo, os pesquisadores usaram um questionário para avaliar os padrões alimentares e escolheram homens e mulheres que aderiram a uma das cinco dietas: não vegetarianos, semi-vegetarianos (comem carne ou peixe não mais do que uma vez por semana); pesco-vegetarianos (consomem peixes); ovo-lacto-vegetarianos (incluem produtos lácteos e ovos) e vegans, que não comem qualquer produto de origem animal.

Durante o tempo do estudo, que durou mais de cinco anos, 2.570 pessoas morreram. Os vegetarianos eram cerca de 12% do grupo com menor probabilidade de morrer de qualquer causa do que os consumidores de carne. E a vantagem de sobrevivência parecia ser mais forte nos homens do que nas mulheres. Além disso, os pesquisadores notaram que os vegetarianos tendem a ser mais velhos (com uma expectativa de vida maior) e mais educados, a realizar mais atividade física e menos propensos a beber álcool ou fumar do que os carnívoros.

O estudo também não identificou qual o tipo de dieta vegetariana fornece o maior benefício de sobrevivência, porque foram comparadas apenas com dietas não vegetarianas, e não umas com as outras. [...]

A nutricionista Nancy Copperman disse que a fibra em dietas vegetarianas pode ser o que está conduzindo a este traço de maior sobrevivência. “Não são apenas frutas e legumes, mas todos os tipos de fibras [incluindo grãos integrais] que parecem realmente reduzir os riscos à saúde”, disse ela. “O novo estudo empurra a literatura que estamos construindo sobre o impacto que os grãos integrais, frutas e vegetais pode ter sobre a saúde”. [...]

A recente pesquisa segue um outro estudo britânico divulgado em janeiro, o qual mostrou que os vegetarianos tinham cerca de um terço menos risco de hospitalização ou morte por doença cardiovascular do que as pessoas que consumem carne regularmente. O estudo incluiu 45 mil pessoas da Inglaterra e da Escócia, sendo um terço vegetarianos. Segundo os resultados, estes tinham uma chance 32% menor de serem hospitalizados ou morrerem de doença cardíaca. Eles também apresentavam menor pressão arterial e níveis de colesterol mais baixo do que os não vegetarianos.