segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Atividade física previne encolhimento do cérebro

A atividade física regular na terceira idade pode ajudar a evitar o encolhimento do cérebro e outros sinais associados à demência, revela um novo estudo. A pesquisa foi feita pela Universidade de Edimburgo, na Escócia, e analisou dados de 638 pessoas com 70 anos que foram submetidas a exames cerebrais. Os resultados mostraram que aqueles que eram fisicamente mais ativos tiveram menor retração do cérebro do que os que não se exercitavam. Por outro lado, os que realizavam atividades de estimulação mental e intelectual, como fazer palavras cruzadas, ler um livro ou socializar com os amigos, não tiveram efeitos benéficos em relação ao tamanho do cérebro, constatou o estudo, publicado na revista Neurology.

A ciência já provou que a estrutura e funcionamento do cérebro se deterioram com o passar dos anos. Também são inúmeros os registros na literatura médica de que o cérebro tende a encolher com o envelhecimento. Tal encolhimento está ligado a uma perda de memória e das capacidades cerebrais, dizem as pesquisas.

Os estudos têm mostrado que as atividades sociais, físicas e mentais podem contribuir para a prevenção dessa deterioração. No entanto, até agora não tinham sido realizadas amplas pesquisas com imagens cerebrais para observar essas mudanças na estrutura do cérebro e seu volume. Segundo o estudo, que levou três anos para ser concluído, o médico Alan Gow e sua equipe pediram aos participantes que levassem um registro de suas atividades diárias. No fim desse período, quando completaram 73 anos, os participantes passaram por scanners de ressonância magnética para analisar as mudanças no cérebro.

Depois de levar em conta fatores como idade, sexo, saúde e inteligência, os resultados mostraram que a atividade física estava “significativamente associada” com a menor atrofia do tecido cerebral. “As pessoas de 70 anos que fizeram mais exercício físico, incluindo uma caminhada, várias vezes por semana, apresentaram uma retração menor do cérebro e outros sinais de envelhecimento da massa cerebral do que aqueles que eram menos ativos fisicamente”, exlicou Grow. “Além disso, nosso estudo não mostrou nenhum benefício real no tamanho do cérebro com a participação em atividades mental e socialmente estimulantes, como observado por imagens em scanners de ressonância magnética durante os três anos de estudo”, acrescentou.

Segundo o pesquisador, a atividade física foi também associada a um aumento no volume de massa cinzenta. Essa é a parte do cérebro onde se originam as emoções e percepções. Em estudos anteriores, essa região está relacionada à melhora da memória de curto prazo. Quando os cientistas analisaram o volume de substância branca, responsável pela transmissão de mensagens no cérebro, descobriram que as pessoas fisicamente ativas tinham menos lesões nessa área do que as que se exercitavam menos.

Embora estudos anteriores já tenham mostrado os benefícios do exercício para prevenir ou retardar a demência, ainda não estão claros os motivos por que isso acontece. Os pesquisadores acreditam que as vantagens da atividade esportiva podem estar ligadas ao aumento do fluxo de oxigênio no sangue e de nutrientes para o cérebro. Mas outra teoria é que, como o cérebro das pessoas encolhe com a idade, elas tendem a se exercitar menos e, assim, acabam tendo menos benefícios.

Seja qual for a explicação, dizem os especialistas, os resultados servem para comprovar que o exercício físico é benéfico para a saúde. “Esse estudo relaciona a atividade física à redução dos sinais de envelhecimento do cérebro, sugerindo que o esporte é uma forma de proteger nossa saúde cognitiva”, disse Simon Ridley, da entidade Alzheimer’s Research no Reino Unido. “Embora não possamos dizer que a atividade física é o fator causal desse estudo, sabemos que o exercício na meia idade pode reduzir o risco de demência futura”, acrescentou. “Vai ser importante acompanhar tais voluntários para ver se essas características estruturais estão associadas com maior declínio cognitivo nos próximos anos”, disse.

“Também serão necessárias mais pesquisas para saber detalhadamente sobre por que a atividade física está tendo esse efeito benéfico”, afirmou.

Já o professor James Goodwin, da organização Age UK, que financiou a pesquisa, disse: “Esse estudo destaca novamente que nunca é tarde para se beneficiar dos exercícios, seja uma simples caminhada para fazer compras ou um passeio no jardim”, concluiu. “É crucial que, se o fizermos, permanecer ativo à medida que envelhecem”, acrescenta.

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Participação dos pais vale mais que boa escola

Um estudo divulgado nesta semana reforça o conceito de que o ambiente familiar é determinante no desempenho escolar de crianças e jovens. De acordo com a pesquisa, realizada pela Universidade da Carolina do Norte, estudantes que frequentam escolas fracas, mas são acompanhados de perto pelos pais, obtêm desempenho superior ao de crianças matriculadas em boas escolas cujos pais pouco conhecem suas atividades acadêmicas. O estudo contou com a participação de 10 mil jovens de 18 anos. Os cientistas avaliaram primeiramente o papel das famílias: o quanto os pais confiavam em seus filhos, o grau de envolvimento deles nas atividades escolares, com que frequência checavam os deveres de casa do filho e se costumavam comparecer a eventos escolares.

Em um segundo momento, as instituições de ensino foram avaliadas segundo a qualidade de seus professores, o conceito que os alunos têm da escola, a variedade de atividades esportivas e extracurriculares e a frequência com que são reportados casos de bullying e outros tipos de abuso. Posteriormente, os resultados foram cruzados com o desempenho escolar de cada um dos estudantes em matemática, leitura, ciência e história.

“Os resultados apontam que o ambiente familiar influencia mais no sucesso acadêmico do que o ambiente escolar”, diz Toby Parcel, professora de sociologia e uma das autoras do estudo. “Não estamos sugerindo que a qualidade da escola seja totalmente desprezível, mas queremos alertar para a importância dos pais no processo educativo”, diz Parcel.

Para os autores da pesquisa, os pais devem estar conscientes de que investir tempo e dinheiro em uma escola de ponta pode não ser o suficiente para garantir o sucesso dos filhos. “Ao acompanhar o dever de casa ou ir às reuniões escolares, os pais mostram aos pequenos que a escola é importante para toda a família e precisa ser levada a sério”, diz Parcel. 

O estudo foi publicado na edição mais recente do periódico Research and Social Stratification and Mobility e reafirma as evidências de que a família é fundamental no sucesso acadêmico de um indivíduo. Já está provado que pais leitores criam filhos leitores e quanto mais os responsáveis se envolvem com a escola, mais comprometida a criança é com seus afazeres acadêmicos. É sabido também que os pais não precisam dominar todo o conteúdo que é ensinado pela escola: ainda que não tenham frequentado os bancos escolares, eles podem estimular as crianças a se dedicarem aos deveres com afinco.

A pesquisa deixa claro, contudo, que uma boa escola também importa no processo de formação acadêmica das crianças. Mais do que isso: é fundamental.

(Veja)

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Deus me amou

Nasci na bela ilha de Florianópolis, mas fui criada em um bairro humilde da cidade vizinha de Palhoça, em Santa Catarina. Sou fruto de uma gravidez inesperada e meus pais me criaram com muita dificuldade. Morávamos numa casinha de madeira no terreno dos meus avôs paternos. Apesar de tudo, a pobreza não foi nosso maior problema. Para mim, o pior foi a ausência de religião no lar.


Quando tinha nove anos de idade, fui convidada pelo vizinho para participar dos cultos que ele fazia com a família dele. Pedi autorização aos meus pais e toda noite me unia àquela família para orar e ler trechos da Bíblia. Especialmente as histórias do Gênesis me deixavam impressionada. Comecei a mudar minhas atitudes e meus pais ficaram preocupados, achando que eu estava ficando “fanática”. Proibiram-me de participar dos cultos e resolveram rezar o terço em casa. Para o meu irmão e para mim, aqueles eram momentos muito desagradáveis. “Tudo bem que a gente reze, mas não precisam ficar com essa cara de tristes”, pedia ele. Eram minutos realmente maçantes e, com o tempo, meus pais acabaram desistindo da ideia e tudo voltou a ser como antes. Que pena. Perdemos uma grande chance de conhecer melhor a Deus. E meu encontro com o Deus da Bíblia teria que esperar mais alguns anos.

 
Pensando no melhor para mim, com muita dificuldade, meu pai – que era professor da escola pública em nosso bairro – havia me matriculado em uma escola particular no centro da cidade. Mas aquilo contribuiu ainda mais para piorar minha baixa autoestima. Meus colegas eram quase todos filhos de famílias ricas e eu sofria bullying (naquele tempo nem se sabia que isso tinha nome). Diziam que eu tinha cheiro de peixe por ser da Barra do Aririú (meu bairro era praticamente uma vila de pescadores) e me desprezavam por qualquer coisa. Por causa disso, meu desejo era de crescer logo, ter dinheiro, respeito, ser alguém.

À medida que fui crescendo, minha carência emocional também se ampliou. Pensava que, se pudesse chamar a atenção das pessoas de alguma forma, seria considerada importante. O desenvolvimento do meu corpo foi relativamente precoce e procurei usar isso em meu favor. Queria ser bonita e admirada. Arrumava-me e me vestia de um jeito que pudesse atrair os olhares. Isso me dava uma sensação de “poder” e me fazia pensar que era alguém. Triste ilusão...

Com o tempo, imaginei que a felicidade viria com a adolescência e os tão esperados 15 anos, quando meu pai me permitiria sair com as amigas, ir a danceterias, sair à noite. Era o meu “sonho de liberdade”. Era minha esperança de satisfação, de realização. Mas sair com as amigas, voltar tarde para casa, conhecer novas pessoas (tão vazias quanto eu) – nada disso me fez feliz. Na verdade, a insatisfação parecia aumentar cada vez mais. Sempre que voltava para casa e colocava a cabeça no travesseiro (por mais que isso pareça clichê), sentia a mesma tristeza; a saudade de algo que eu nem sabia o que era; uma angústia profunda e indescritível. Parecia que eu sempre estava em busca de amor e felicidade, e quando pensava que havia encontrado, mais distante esse amor e essa felicidade ficavam.

Quando completei os 15 anos, meu pai me deu uma festa. Lá estavam meus amigos, minhas amigas, muita bebida, muita música e eu com meu vestido de tafetá branco. Na manhã seguinte, fui conferir meus presentes. Entre eles, alguns diários. Peguei um deles e comecei a escrever. O Natal estava bem próximo (meu aniversário é no dia 23) e resolvi escrever sobre isto: o significado do nascimento de Jesus. À medida que pensava no porquê de Deus ter Se tornado criança, ter vivido neste mundo triste e morrido pelos seres humanos, lágrimas corriam pelo meu rosto. Nunca havia pensado assim tão profundamente no significado da encarnação de Cristo. A caneta deslizava pelo papel e eu pensava: “Será que Ele morreu por mim também?”

Creio que naquela manhã de véspera de Natal comecei a “arranhar a ponta” de algo grandioso que mudaria por completo meus valores, minha maneira de ver a vida, meus sonhos. Mas também teve início uma verdadeira luta dentro de mim – a luta da vaidade contra a entrega, da carne contra o espírito.

Certa noite, cheguei em casa depois de passar algumas horas na danceteria com minhas amigas. Estava cansada, desanimada e sem sono. Senti Deus me dizendo que eu devia ler a Bíblia, mas não tínhamos nenhuma em casa. Quando passei pela sala, mal pude acreditar: havia um Novo Testamento de bolso sobre a mesa de centro! Abri o pequeno volume e encontrei algumas promessas listadas nas últimas páginas. Fui conferindo uma por uma em busca de sentido, perguntando-me como poderia tornar realidade aquelas coisas. Como Deus poderia me dar paz? Como Ele poderia me dar esperança? Como Ele podia me amar?

Dias depois, abri o livro do Apocalipse e comecei a ler com muito interesse. Cheguei à parte que fala das bestas e das pragas e tive medo. Depois, li que Deus tem um povo especial sobre a Terra e pedi: “Senhor, quero fazer parte desse povo. Mostra-me quem são eles. Ajuda-me a entender o Apocalipse.” Continuei lendo o livro por vários dias.

Algum tempo depois, dois homens vestidos com roupas sociais bateram à nossa porta. Eram adventistas do sétimo dia e estavam oferecendo um curso bíblico. Do Apocalipse!

Com muito interesse, meu pai e eu estudamos com eles a Bíblia e pudemos perceber que nossas dúvidas tinham respostas. Finalmente, eu podia ver ordem em meio ao caos e descobri que Deus tinha um plano para minha vida. Aos poucos, comecei a sentir o amor que sempre busquei.

Confesso que não foi fácil vestir saia longa e me dirigir à pequena casa de madeira que servia de local de reuniões da igreja adventista em nossa comunidade. Tive que vencer a vergonha e lutar contra o preconceito de pessoas que viam os crentes não católicos como esquisitos e fanáticos. Os adventistas eram um grupo bem pequeno ali. Na igreja, quase não havia jovens e os mais velhos tinham uma religião com ênfase legalista, muito focada em regras e normas. Realmente não era fácil para uma adolescente conviver com um grupo assim, mas procurei me esforçar. No entanto, algo acabou atrapalhando ainda mais minha integração à igreja (infelizmente, o inimigo de Deus é especialista nessas coisas).

Um daqueles instrutores bíblicos, o mais jovem (praticamente o único jovem daquela igreja), me pediu em namoro. Infelizmente, depois de algum tempo, descobri que ele gostava de outra pessoa e terminamos o relacionamento. Isso me deixou triste e, sem amigos, não me sentindo amada e com a fé ainda não muito bem alicerçada, acabei me afastando da igreja. Influenciada por minha melhor amiga, a Lilian, acabei voltando à “velha vida” de dança e diversão. Mas agora as coisas eram piores, pois eu sabia para onde o mundo caminha. Uma janela de revelações e conhecimento havia sido aberta diante de meus olhos e nada poderia ser como antes. O contraste entre o mundo vazio e a esperança em Jesus era muito claro para mim. Sentia saudades da igreja; saudades de Deus.


Quando estava cogitando a possibilidade de voltar a frequentar os cultos, o inimigo preparou outra armadilha: fui chamada para trabalhar numa famosa loja no Shopping Beira Mar Norte, em Florianópolis. Eu havia sido selecionada para o cargo de vendedora. Minha mãe e minha amiga me proibiram de perder a oportunidade e acabei cedendo. Tornei-me uma boa vendedora, mas aquele ambiente de consumismo e os expedientes aos sábados enfraqueceram ainda mais minha fé.


Certa ocasião, estava com algumas amigas tomando banho de sol na Praia da Pinheira (onde eu costumava ir com elas de vez em quando). Com calor, resolvemos tomar um banho de mar. Enquanto estávamos ali nos divertindo e nos refrescando, de repente, o céu se fechou e a água começou a ficar vermelha como sangue. Minhas amigas gritaram e me pediram para explicar aquilo. Fiquei congelada. Eu sabia o que estava acontecendo, mas não queria acreditar que fosse verdade. Ajoelhei-me ali mesmo e comecei a clamar: “Senhor, faça o tempo voltar! Dê-me outra chance. Faça o tempo voltar!” Acordei assustada com o som da minha voz e agradeci a Deus porque, de certa forma, Ele havia feito o tempo voltar para mim.

Dois meses depois, a Lilian, que antes me tentava com convites para sair com ela, acabou sendo um grande instrumento de Deus. Com sérios problemas em casa, ela me procurou e pediu-me para estudar a Bíblia com ela. Aquilo foi um milagre! Em lugar de irmos para a danceteria ou para um barzinho, ficávamos em casa orando e estudando a Palavra de Deus até altas horas. Meu coração voltou a se aquecer, cheio de fé e esperança. Mas Deus tinha mais bênçãos reservadas para mim.


Certa quarta-feira, recebi o convite de uma amiga para ir ao culto na Igreja Adventista Central de Florianópolis. Disse-lhe que eu não poderia ir, pois teria aula naquela noite. Quando cheguei ao colégio (o Instituto Estadual de Educação, na Ilha de Florianópolis), descobri que todos os professores tinham faltando e que as aulas haviam sido suspensas! Então, fui à igreja, sem suspeitar que naquele culto minha vida mudaria para sempre.

A reunião já havia começado quando um jovem se sentou atrás do banco em que minha amiga e eu estávamos e me entregou um folheto bíblico. Quando me virei para agradecer, pude ver o sorriso lindo dele e apenas agradeci a gentileza. Após o culto, ele veio conversar comigo e descobrimos que tínhamos muitos interesses em comum. O Michelson apelou para que eu voltasse para Jesus e para a igreja. Para encurtar a história, dois meses depois, começamos a namorar e ele foi um poderoso instrumento de Deus para me firmar no caminho da verdade. Conforme eu descobri depois, ele estava orando para que Deus lhe desse uma namorada cristã. Conhecer meu futuro esposo durante um culto de oração foi outro dos presentes que o Senhor me deu.

No dia 25 de setembro de 1994, minha amiga Lilian e eu fomos batizadas (assista aqui) na mesma igreja em que conheci meu amor. Era como se naquelas águas tivessem ficado todas as minhas frustrações, desilusões, pecados e desesperança. Jesus estava me dando uma nova vida, um novo futuro em que o amor substituiu o medo e preencheu o vazio que me atormentava desde a infância.

Hoje, quase vinte anos depois, meu marido e eu temos um casamento abençoado, três lindos filhos e posso comprovar a cada dia que os planos de Deus são os melhores para nós. Vale a pena viver Seu projeto original para os relacionamentos, para a saúde, para a família, pois, quando entregamos nosso caminho ao Senhor e confiamos nEle, Ele faz tudo o que é possível para nos ver felizes (Salmo 37:5).

Débora Tatiane Martins Borges


Nota: Essa história pode ser lida em detalhes aqui.

domingo, 7 de outubro de 2012

Cafeína virou moda

A sociedade atual anda em um ritmo frenético - informação instantânea, carros velozes, computadores rápidos e fast foods. Faz-se de tudo para se manter atualizado e acompanhar a velocidade do progresso. Muitas pessoas têm buscado energia extra ingerindo bebidas cafeinadas como o café, chás, bebidas de cola e energéticos. 
No Brasil, o cafezinho ou pingado pela manhã não pode faltar para a maioria dos brasileiros. Outros já preferem os cafés mais requintados, como os da rede Starbucks, recém-chegada ao Brasil, e que conta com mais de 16 mil lojas pelo mundo. Mas, atenção, a cafeína tem mais efeitos negativos do que você imagina... 
Uma pesquisa recente intitulada "Tendências do Consumo do Café no Brasil em 2008", feita pela TNS InterScience, mostrou que o consumo per capita no Brasil em 2008 foi de 5,64 kg de café em grão cru ou 4,51 kg de café torrado, quase 76 litros para cada brasileiro por ano, registrando uma evolução de 2% em relação ao período anterior. Essa pesquisa mostra que nove em cada dez brasileiros acima de 15 anos consomem café diariamente, o que o faz ser a segunda bebida com maior penetração na população, atrás apenas da água e à frente dos refrigerantes e do leite. A penetração do café foi de 97% em 2008, contra 91% em 2001. Os consumidores pesquisados em todo o Brasil também responderam que pretendem continuar a consumir a mesma quantidade de café em 2009. O segmento dos jovens de 15 a 29 anos também apresentou crescimento no consumo diário de café. 
Esses dados são preocupantes. Uma xícara de 150 ml de café contém entre 60 e 150 mg de cafeína, enquanto que uma xícara de chá tem de 35 a 60 mg, dependendo da variedade usada, do método de preparação e da concentração. Os refrigerantes de cola tipicamente contêm 30-55 mg de cafeína por lata de 350 ml. 
A cafeína é considerada uma droga psicoativa por estimular o sistema nervoso central e alterar o humor e o comportamento. Ela eleva os níveis de glicose do sangue dando a sensação de uma "onde de energia". Efeitos fisiológicos podem ser percebidos em adultos após a ingestão de apenas uma xícara de café ou duas latas de refrigerante a base de cola. Essa estimulação (high) é usualmente seguida de um período de depressão ou cansaço (down). 
Efeitos adversos incluem: insônia e alteração do padrão de sono; tremores; nervosismo; inquietação; irritabilidade; dores de cabeça; elevação dos ácidos graxos sanguíneos; elevação da pressão arterial e dos níveis de colesterol; palpitações, aumento dos riscos de arritmias cardíacas e infarto; aumento da produção de ácido no estômago e agravamento de úlceras; azia; aumento dos sintomas da TPM; aumento do risco de câncer da bexiga e reto; para as gestantes, aumento do risco de nascimento de uma criança com baixo peso. 
Além disso, o uso de café e chás cafeinados reduz a absorção do ferro nas refeições em 40 a 60%, aumentando o risco de anemia. Apesar de a cafeína melhorar a performance de tarefas simples que requerem atenção, ela prejudica as ações que requerem memória de curto prazo. 
As crianças também estão entrando na onda. Pediatras estão preocupados porque um terço das crianças que consomem quantidades elevadas de cafeína manifesta comportamento hiperativo. O consumo de uma lata de refrigerante a base de cola por uma criança equivale ao consumo de quatro xícaras de café para um adulto. 
Com tantas questões envolvendo a segurança do consumo da cafeína, o uso de chás cafeinados, café e bebidas de cola não deve ser encorajado. Crianças pequenas e mulheres grávidas devem especialmente evitar o consumo de bebidas cafeinadas. 
No lugar das bebidas cafeinadas, escolha a água pura ou água com limão. Beba pelo menos oito copos por dia, longe das refeições. Os chás de ervas que não contêm cafeína podem ser usados, como por exemplo a camomila, capim-limão, erva doce, erva cidreira, maçã, etc. Faça exercícios físicos para aliviar o estresse. Nos primeiros dias de abstinência, você poderá sentir dores de cabeça, irritabilidade, ansiedade e cansaço. Mas não desanime, mantenha-se firme, pois esses sintomas desaparecem após dois ou três dias. 
(Luiz Fernando Sella, Outra Leitura)

Beijar o mesmo homem protege contra doença

Cientistas da Universidade de Leeds, no Reino Unido, descobriram que durante o beijo, o homem pode inocular o citomegalovirus - um vírus que vive na saliva masculina - na mulher. Apesar de inofensivo em pessoas adultas, o vírus pode ser extremamente perigoso durante a gravidez, levando ao aborto ou à deficiência do feto. Por isso, a melhor imunização é beijar. Só que para garantir bons resultados, o médico responsável pela pesquisa divulgada no jornal Medical Hypotheses, doutor Colin Hendrie, recomenda que a mulher beije o mesmo homem durante cerca de seis meses antes da gravidez. Assim, dá tempo de o corpo preparar os anticorpos, o que reduz as chances de infecção do bebê. 

(Telegraph)

Nota: Fica mais uma vez evidente que Deus projetou o ser humano para a fidelidade conjugal. Além dos benefícios psicológicos e sociais desse estilo de vida, há também vantagens na área de saúde.

Depressão e alimentos industrializados

Um estudo realizado por uma equipe de pesquisadores da University College London, na capital britânica, indica que dietas ricas em alimentos industrializados aumentam o risco de depressão. Em contrapartida, afirmam os pesquisadores, pessoas que comem legumes, verduras, frutas e peixe em abundância apresentam riscos menores de sofrer da condição. O estudo, descrito na revista científica British Journal of Psychiatry, analisou informações sobre a dieta de 3,5 mil funcionários públicos britânicos e, cinco anos mais tarde, monitorou a ocorrência de depressão no grupo. Segundo a equipe de pesquisadores, este é o primeiro estudo a vincular a dieta dos britânicos com a depressão.

Os especialistas dizem, no entanto, que - embora não seja possível excluir a possibilidade de que pessoas com depressão talvez tenham dietas menos saudáveis - é pouco provável que a alimentação seja a razão por trás dos resultados porque não foi identificada uma relação entre dieta e diagnósticos prévios de depressão.

Os pesquisadores dividiram os participantes em dois grupos de acordo com o tipo de dieta que seguiam. Em um grupo ficaram os que consumiam alimentos integrais, frutas, legumes e peixe. No outro, os que comiam principalmente alimentos industrializados, como sobremesas açucaradas, alimentos fritos, carne industrializada, cereais refinados e produtos laticínios ricos em gordura.

Após levar em conta fatores como sexo, idade, educação, atividade física, doenças crônicas e o hábito de fumar, os especialistas identificaram uma diferença significativa em riscos futuros de ocorrência de depressão nos grupos.

Os que comiam mais alimentos integrais apresentaram 26% menos riscos de desenvolver depressão do que os que consumiam menos alimentos integrais. Em contraste, os que comiam mais alimentos industrializados apresentaram 58% mais riscos de desenvolver depressão do que os que comiam poucos alimentos industrializados. (...)

"Esse estudo se soma a um conjunto já sólido de pesquisas que mostram associações fortes entre o que comemos e nossa saúde mental", diz o diretor da entidade britânica Mental Health Foundation, Andrew McCulloch. "Estudos como esse são cruciais porque são a chave para que tenhamos uma compreensão melhor da doença mental."

McCulloch acrescenta que as dietas das pessoas estão se tornando cada vez menos saudáveis. "A população da Grã-Bretanha está consumindo menos produtos frescos e nutritivos e mais gorduras saturadas e açúcares", afirma.

"Estamos particularmente preocupados com os que não podem ter acesso a alimentos frescos ou moram em áreas onde existe um número alto de restaurantes de fast food e comida para viagem."

(BBC Brasil)

Obesidade e tumor de endométrio

A obesidade aumenta o risco de câncer de endométrio em mulheres jovens, mostra uma pesquisa feita pelos CDC (Centros para Controle e Prevenção de Doenças) com a Universidade Emory, nos Estados Unidos. A doença é mais frequente na pós-menopausa e atinge mulheres com, em média, 61 anos. Segundo os autores, já se sabe que a obesidade está relacionada a esse tumor, mas esse é um dos poucos estudos com foco nas mulheres jovens. Os pesquisadores avaliaram 421 casos desse câncer em mulheres com idades entre 20 e 54 anos e compararam os dados com as informações de mais de 3.000 mulheres que serviram de grupo controle. O fato de ter um IMC de, pelo menos, 25 aos 18 anos de idade (o que indica sobrepeso) aumentou em seis vezes o risco do aparecimento do tumor. 

"O estudo mostra o impacto da obesidade mesmo em mulheres na pré-menopausa", diz Maria del Pilar Estevez Diz, coordenadora do ambulatório de oncologia clínica do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo Octavio Frias de Oliveira. 

"A novidade é que se trata de um estudo populacional bem desenhado em mulheres jovens", diz o ginecologista Maurício Abrão, da Universidade de São Paulo e médico do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. 

"Outro dado interessante é que, quanto maior o grau de obesidade, maior o risco", observa Glauco Baiocchi Neto, diretor do departamento de ginecologia do Hospital A.C.Camargo. "O estudo deve ser visto como um alerta e reitera que devemos tratar a obesidade como um problema de saúde pública desde a idade jovem."

A obesidade leva a um aumento dos níveis de estrogênio, hormônio que atua no endométrio estimulando a proliferação de suas células. O estímulo permanente facilita o surgimento de anormalidades que podem levar ao câncer. 

O diagnóstico é feito normalmente pelo ultrassom, que aponta alterações na parede do útero. Quando detectado precocemente, esse tumor tem alto índice de cura. Mas o tratamento inclui, na maioria das vezes, a retirada do útero. 

Um estudo da Universidade de Manchester, apresentado no congresso europeu de oncologia clínica, na Alemanha, diz que o excesso de peso está por trás de mais de 124 mil casos de câncer na Europa no último ano. A proporção foi maior nas mulheres e os mais citados foram os tumores de endométrio, mama e colorretal. 

Os autores sugerem que a obesidade pode se tornar a maior causa de câncer nas mulheres na próxima década. 

Para chegar ao resultado, eles criaram um modelo que estima a proporção de tumores que poderiam ser atribuídos à obesidade usando dados da Organização Mundial da Saúde e da "International Agency for Research on Cancer". 

(Folha Online)



Fast food controla a sua mente

É oficial. Aquele balde de sorvete realmente pode controlar seu cérebro e dizer "me coma". Um estudo americano pelo Centro Médico UT do Sudoeste em Dallas descobriu que a gordura de alguns alimentos tais como sorvete e hamburgueres vai direto para o cérebro. Uma vez lá, as moléculas de gordura acionam o cérebro para enviar mensagens para as células do corpo, alertando-as para ignorar os sinais que suprimem o apetite da leptina e insulina, hormônios envolvidos na regulação do peso - o que pode durar até três dias! "Normalmente, nosso corpo é preparado para dizer quando nós comemos o suficiente, mas isso nem sempre acontece quando estamos comendo algo saboroso", afirmou em um comunicado a pesquisadora Deborah Clegg. 

"O que nós mostramos nesse estudo é que toda a química do cérebro de uma pessoa pode mudar em um período muito curto de tempo. Nossos resultados sugerem que quando você come algo com elevado teor de gordura, seu cérebro leva uma 'pancada' de ácidos graxos, e você se torna resistente à insulina e leptina. E já que você não recebe a ordem para parar de comer, você acaba comendo demais."

Os pesquisadores também descobriram que um tipo específico de gordura - o ácido palmítico, que é encontrada na carne, manteiga, queijo e leite - é particularmente eficaz em instigar esse mecanismo.

O estudo foi realizado em ratos e camundongos, mas os cientistas dizem que seu estudo, publicado no Jornal de Investigação Clínica, reforçou recomendações comuns de dietas para limitar o consumo de gordura saturada pois elas "fazem com que você comer mais".

O estudo foi conduzido expondo ratos e camundongos a gordura de diversas formas - através da injeção de vários tipos de gordura diretamente no cérebro, através da infusão de gordura na artéria carótida ou alimentar os animais através de um tubo no estômago três vezes por dia.

Os animais receberam a mesma quantidade de calorias e gorduras e somente o tipo de gordura foi variada. Os tipos incluíram ácido palmítico, ácidos graxos monoinsaturados e insaturados, o ácido oléico que é encontrado em óleos de oliva e uva. "Este tipo de ação foi muito específica para o ácido palmítico, que é muito rica em alimentos que são ricos em gordura saturada", disse Clegg.

(Reuters)